Governo Milei dispensa 7.000 funcionários públicos por decreto presidencial
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O Governo Milei publicou, na edição desta terça-feira (26/12) do Diário Oficial argentino, dois decretos (77/2023 e 84/2023) reduzindo o número de funcionários públicos.
De acordo com as novas regras, o contrato de funcionários públicos que começaram a trabalhar a partir de 1º de janeiro do presente ano não será renovado. Determina-se também a abertura de uma auditoria que deve examinar todas as estruturas governamentais, objetivando averiguar quais cargos serão mantidos e quais sofrerão cortes em resoluções futuras.
As medidas, que de acordo com apuração da imprensa local devem resultar na dispensa de no mínimo 7.000 funcionários públicos, estão em linha com o ideário promovido por Javier Milei ao longo de sua campanha eleitoral. O candidato, que identifica-se como libertário, prometeu uma política de cortes na máquina pública.
Grupos sindicais marcaram para quarta-feira (27/12) novos protestos contra as medidas econômicas que o Governo Milei vem promovendo ao longo dos últimos dias.
Essa determinação não é a primeira medida do mandatário argentino que muda de maneira significativa o cenário empregatício do país. Na semana passada, depois de ter revogado centenas de leis econômicas, o Governo Milei anunciou que contratos poderiam ser realizados em moedas que não têm curso legal no país. Na prática, isso institucionaliza acordos feitos em criptomoedas e até em bens físicos como "litros de leite" e "quilos de carne de gado", de acordo com a ministra Diana Mondino.