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Rússia na ONU: Bloqueio dos EUA a Cuba é uma violação direta do direito internacional

As ações de Washington têm como objetivo intimidar outros países e manter o domínio neocolonial dos EUA sobre o mundo em desenvolvimento, afirmou o representante permanente da Rússia na ONU.
Rússia na ONU: Bloqueio dos EUA a Cuba é uma violação direta do direito internacionalAP / Mary Altaffer

O embargo econômico e comercial dos EUA contra Cuba é uma violação direta da lei internacional, afirmou o representante permanente da Rússia na ONU, Vasili Nebenzia, em uma reunião da Assembleia Geral na terça-feira dedicada às medidas unilaterais dos EUA contra a ilha.

Nebenzia reiterou durante seu discurso que a Rússia defende "o levantamento imediato do bloqueio ilegal dos EUA contra Cuba".

"Partimos da absoluta falta de perspectivas do embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba, que é uma relíquia dos tempos da Guerra Fria e impede a interação de Cuba com instituições multilaterais, sua plena participação na cooperação internacional e regional e na divisão internacional do trabalho", declarou o representante russo. Nesse contexto, enfatizou ainda que Cuba "não ameaça a segurança dos EUA ou de seus cidadãos".

"Além disso, consideramos que essas ações de Washington são uma violação direta das normas do direito internacional e da Carta da ONU", acrescentou.

EUA buscam preservar seu domínio neocolonial

Dirigindo-se à Assembleia, o representante russo insistiu que as ações dos EUA são, na verdade, "destinadas a intimidar outros países e a manter o domínio neocolonial dos EUA, não apenas sobre as nações em desenvolvimento, mas também sobre o mundo em desenvolvimento".

Nebenzia explicou que "o bloqueio contra Cuba restringe os direitos dos quase 200 Estados que gostariam de comercializar e cooperar com o povo cubano".

Ele também reafirmou que, apesar das medidas restritivas de Washington, a Rússia está desenvolvendo sua cooperação com Cuba e os dois países estão desenvolvendo projetos conjuntos em vários campos, como turismo, energia e agricultura.

"Continuaremos essa cooperação com base nos princípios de respeito mútuo e solidariedade para com o fraterno povo cubano", enfatizou.