Autoridades da África do Sul reuniram e apresentaram à Corte Internacional de Justiça (CIJ) na segunda-feira um dossiê contendo provas de que Israel comete genocídio durante os ataques contra Faixa de Gaza, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores sul-africano.
O documento apresentado à CIJ inclui mais de 750 páginas de exposições e anexos, totalizando mais de 4 mil páginas.
Segundo o ministério, o material contém evidências de que o governo israelense “violou a convenção sobre genocídio ao promover a destruição dos palestinos que vivem em Gaza” e “matá-los fisicamente com uma variedade de armas destrutivas”.
“O envio deste documento ocorre em um momento em que Israel intensifica a matança de civis em Gaza e parece agora ter a intenção de seguir caminho semelhante no Líbano”, acrescentaram as autoridades sul-africanas.
A África do Sul acusa Israel de ignorar as ordens do tribunal e de buscar “despovoar Gaza por meio da morte em massa e do deslocamento forçado”.
“A luta palestina contra o imperialismo, o apartheid israelense e o colonialismo dos assentamentos é a realidade diária do povo palestino. Desde 1948, enfrentam várias formas de colonização, muitas vezes com o apoio de potências coloniais históricas”, declararam as autoridades sul-africanas.
- A África do Sul iniciou o processo na CIJ em dezembro, alegando que a ofensiva israelense em Gaza após o ataque de 7 de outubro de 2023 do Hamas contra Israel tem “caráter genocida”.
Diversos países, incluindo Bolívia, Chile, Colômbia, Palestina, Turquia, Espanha e México, manifestaram interesse em se unir à África do Sul contra o governo israelense.