O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, acusou nesta terça-feira os funcionários de alto escalão da União Europeia de conspirar contra seu país para mudar o governo.
De acordo com Orbán, "há uma conspiração aberta" contra Budapeste, liderada por Manfred Weber, líder do Partido Popular Europeu, a maior facção do Parlamento Europeu, e pela chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
"Eles admitiram que seu objetivo é substituir o governo húngaro por um novo 'governo Jawohl' (Jawohl é o equivalente em alemão de "Sim! É isso aí!"), como o atual [Executivo] polonês", escreveu o líder húngaro no X.
"Não deixaremos que isso aconteça!", concluiu Orbán em sua postagem.
O atrito entre Orbán e os líderes da UE vem se arrastando há meses. O político húngaro é um dos poucos líderes ocidentais a favor do início de conversações de paz o mais rápido possível para acabar com a crise ucraniana.
No início de julho, quando começou a presidência rotativa de seis meses da Hungria no Conselho da União Europeia, Orbán se reuniu com os presidentes da Rússia e da China, Vladimir Putin e Xi Jinping, bem como com o líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky.
Em resposta a essas iniciativas, altos funcionários da UE ameaçaram Orbán com "consequências práticas" e criticaram suas visitas a Moscou e Pequim, argumentando que elas poderiam prejudicar as posições do bloco da UE.