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Gato medieval "amassa pão" em jarro de barro e deixa marca na história

A descoberta é a primeira evidência arqueológica do hábito desses animais de estimação de amassar uma superfície macia com as patas quando estão revivendo uma sensação de segurança e prazer.
Gato medieval "amassa pão" em jarro de barro e deixa marca na históriaGettyimages.ru

Uma equipe internacional de arqueólogos encontrou uma rara impressão de pata de gato em um fragmento de um antigo jarro de barro, indicando que havia um felino feliz no Monte Sião, há mais de 1.200 anos.

A descoberta é a primeira evidência arqueológica do hábito dos animais de estimação de amassar uma superfície macia com as patas quando se sentem bem.

Os cientistas explicaram ao Haaretz e ao Live Science sua suposição de que, em algum momento entre meados do século VIII e meados do século XIII, durante a dinastia muçulmana Abbasid, um oleiro fez um pote e o deixou secar ao sol.

A peça atraiu um gatinho que, aparentemente, decidiu se deitar sobre ela para tomar sol e deixou sua marca na argila ainda maleável e, com ela, também na história.

Os arqueólogos observaram que o rastro é bastante profundo, com marcas de garras estendidas e uma marca parcial de pata, indicando que o gato não apenas caminhou sobre o utensílio, mas tentou pressionar a argila com seus membros.

Esse hábito também é conhecido ente criadores de gato como "amassar pãozinho", devido à semelhança dos movimentos de amassar, e é comum em gatos quando eles se sentem satisfeitos e confiantes.

"A marca da pata indica que o gatinho provavelmente estava deitado na borda curva do pote, possivelmente tomando sol", disse o professor Shimon Gibson, do Departamento de História da Universidade da Carolina do Norte, ao Haaretz.

"Só podemos imaginar que ele estava ronronando enquanto tomava banho de sol em Jerusalém", acrescentou.

Ele também sugeriu que o animal poderia ter adormecido na borda do pote e, quando começou a cair, arranhou-o para se segurar, ou poderia ter pulado de pote em pote e começado a deslizar e arranhar.

Além disso, o especialista observou que esses animais tinham um significado especial na cultura islâmica durante o período abássida. Eles são mencionados nas primeiras fontes islâmicas, incluindo a literatura hadith. "Diz-se que o Profeta Maomé gostava muito de gatos", explicou ele ele.