Os Estados Unidos ameaçaram a Geórgia com "outras consequências" por supostas violações eleitorais, após o partido governista Georgian Dream ter vencido as eleições legislativas.
Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, pediu a Tbilisi que mude o rumo atual do governo. "Este ano, temos pedido constantemente ao governo da Geórgia que cesse suas ações antidemocráticas e retorne ao caminho euro-atlântico. Não descartamos outras consequências se o curso do governo da Geórgia não mudar", declarou.
Miller destacou que Washington se uniu aos observadores internacionais e locais para pedir uma investigação completa das supostas irregularidades eleitorais.
Após a apuração de 100% das seções eleitorais, o partido governista Sonho Georgiano da Geórgia venceu as eleições parlamentares com 53,92%. Enquanto isso, as forças de oposição, que buscam a adesão à UE e compartilham os valores ocidentais, receberam as seguintes porcentagens: Coalition for Change (Coalizão para a Mudança) recebeu 11,03%; National Unity Movement (Movimento de Unidade Nacional), 10,16%; Strong Georgia (Geórgia Forte), 8,81%.
O Georgian Dream indicou várias vezes que seus rivais estão tentando privar os cidadãos do país de uma vida pacífica, arrastando-os para um conflito com a Rússia. "Este é um referendo entre a guerra e a paz, este é um referendo entre a propaganda imoral e os valores tradicionais, este é um referendo entre o passado e o futuro brilhante do país", declarou o primeiro-ministro Irakli Kobajidze na véspera das eleições.