Netanyahu não planeja encerrar o conflito no Oriente Médio antes das eleições nos EUA
É improvável que os EUA obtenham um avanço para resolver o conflito no Oriente Médio antes das eleições presidenciais de 5 de novembro, deixando a questão como um "grave problema político", informou a CNN.
Segundo a emissora, o conflito na região permanece "tão complexo como sempre", com uma nova escalada registrada nos últimos fins de semana, após Israel ter realizado ataques contra o Irã.
Fontes anônimas relataram à CNN a possibilidade de reuniões entre diplomatas dos EUA, de Israel e do Catar para discutir um acordo de libertação dos reféns capturados pelo Hamas em Gaza, além de um cessar-fogo no território palestino.
Ainda assim, autoridades norte-americanas acreditam que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que "acompanha de perto os detalhes da eleição presidencial dos EUA", não pretende tomar decisões relevantes até conhecer o vencedor da disputa e não vê incentivos para encerrar o conflito.
Ao mesmo tempo, segundo a CNN, Netanyahu "vê o ex-presidente Donald Trump como um aliado próximo".
Desacordo eventual
No início de outubro, com o aumento das tensões entre Israel, por um lado, e o Líbano e o Irã, por outro, ficou evidente uma diminuição da influência do governo Biden sobre o governo de Israel em relação ao conflito no Oriente Médio.
Nesse contexto, durante uma entrevista à CBS News em 6 de outubro, a vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris evitou classificar o primeiro-ministro israelense como "aliado".