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Presidente polonês pede pela construção de uma "cortina de ferro" na fronteira com a Rússia

Ao mesmo tempo, Andrzej Duda reconheceu que "alguns políticos do Ocidente" veem essa ideia "com horror".
Presidente polonês pede pela construção de uma "cortina de ferro" na fronteira com a RússiaGettyimages.ru / Klaudia Radecka/NurPhoto

A Polônia precisa erguer uma nova "cortina de ferro" em suas fronteiras orientais para protegê-la da Rússia, disse o presidente polonês Andrzej Duda em uma entrevista ao The Sunday Times.

No entanto, de acordo com Duda, "alguns políticos do Ocidente veem com horror" a ideia de construir um muro de 1.000 quilômetros de metal e concreto que lembra os tempos da Guerra Fria.

"A última coisa que eles querem é ver a 'cortina de ferro' reconstruída. Eu digo o seguinte: se a segurança dos meus compatriotas deve ser protegida levantando a 'cortina de ferro' novamente, então tudo bem, haverá uma 'cortina de ferro' enquanto estivermos do lado livre dela", disse Duda.

A Polônia começará a construir "em algum momento nas próximas semanas" uma linha de fortificações, bem como depósitos de armas e postos de reconhecimento no valor de 2,3 bilhões de euros (quase US$ 2,5 bilhões) ao longo das fronteiras orientais do país, de acordo com a mídia.

Revelado no final de maio, o projeto Escudo Oriental foi descrito pelo ministro da Defesa polonês, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, como "a maior operação para fortalecer a fronteira da Polônia e o flanco oriental da OTAN desde 1945".

Mais tarde naquele mês, o primeiro-ministro polonês Donald Tusk confirmou que a Polônia havia começado o trabalho de fortificação em sua fronteira com Belarus. O governo também anunciou que gastaria mais de US$ 300 milhões para reforçar a cerca erguida em 2022 ao longo do território bielorrusso. Na época, Tusk manifestou sua confiança de que a UE ajudaria a financiar as fortificações, pois se tratava "não apenas da fronteira interna da Polônia, mas também da fronteira da UE".