Israel avisou o Irã antes de conduzir o ataque deste sábado, afirma mídia dos EUA
Através de diferentes interlocutores, Israel transmitiu um aviso ao Irã antes de conduzir seu ataque com mísseis contra a República Islâmica no sábado, informou a Axios, citando três fontes anônimas. De acordo com o meio de comunicação, Jerusalém Ocidental indicou que tipo de alvos atacaria.
Os "israelenses deixaram claro para os iranianos com antecedência o que eles vão atacar em geral e o que eles não vão atacar", informou Axios. O meio de comunicação dos EUA afirmou que isso refletia uma "tentativa de limitar a troca contínua de ataques entre Israel e o Irã e evitar uma escalada maior".
De acordo com o relatório, Israel também advertiu a República Islâmica a não responder ao seu ataque, ameaçando conduzir um ataque mais devastador se Teerã retaliar.
A Axios afirmou que o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, foi um dos interlocutores usados por Israel para transmitir sua mensagem ao Irã. Em uma postagem no X na sexta-feira, o chanceler confirmou ter conversado "com o ministro das Relações Exteriores do Irã sobre a guerra e o aumento das tensões na região". Ele acrescentou ter pedido a Teerã que usasse de moderação.
A manhã seguinte:
O Irã reabriu seu espaço aéreo às 8 da manhã do horário local, com o Quartel General da Defesa Aérea Nacional do país informando que o ataque "provocativo" de Israel havia resultado em 'danos limitados (...) em certas áreas".
À Al Jazeera, um morador da região de Gilan, ao norte do país persa, discorreu sobre os efeitos da tensão e da atmosfera de perigo: "O mercado local estava vendendo tudo 30 a 40% mais caro do que há apenas uma semana. Mas espero que as coisas se acalmem até amanhã ou nos próximos dias”.
- No início do sábado, o porta-voz da IDF, Daniel Hagari, informou que as forças israelenses estavam realizando "ataques precisos a alvos militares" no Irã. A operação, supostamente com o codinome 'Dias de Arrependimento', estava sendo lançada "em resposta a meses de ataques contínuos do regime do Irã contra o Estado de Israel", esclareceu.