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Criador do Linux confirma que programadores foram demitidos por serem russos

Linus Torvalds insistiu que sendo finlandês não podia apoiar a Rússia e enfatizou que a decisão não será revertida.
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Pelo menos nove funcionários do sistema operacional Linux foram demitidos devido a suas ligações com a Rússia, confirmou o criador do sistema, Linus Torvalds. O engenheiro de software explicou que essa decisão foi tomada em apoio às sanções contra o país, ressaltando sua origem finlandesa.

Na quarta-feira, Linus Torvalds, que também possui cidadania americana, abordou o tema em uma discussão onde defendia sua escolha. Ele foi enfático ao afirmar que estava "totalmente claro porque a alteração foi feita".

"Se você ainda não ouviu falar das sanções contra a Rússia, deveria tentar ler as notícias algum dia", zombou Torvalds, acrescentando que não haveria reversão da decisão. "Sou finlandês. Você achou que eu estaria apoiando a agressão russa?".

Russos demitidos

As demissões ocorreram após o envio de um e-mail interno com instruções para "remover algumas entradas" da lista de funcionários. Nove pessoas foram identificadas como possivelmente russas, a maioria com endereços de e-mail terminados em ".ru".

Os nomes deveriam ser retirados da lista "devido a vários requisitos de conformidade", mas a mensagem indicava que os colaboradores demitidos poderiam "voltar no futuro se for fornecida documentação suficiente".

Os funcionários que receberam o e-mail exigiram esclarecimentos sobre a situação, que foi considerada "muito vaga". Torvalds minimizou as exigências, qualificando os trabalhadores como "trolls russos".

  • Apesar de a Finlândia ter sido neutra durante a Guerra Fria e em décadas posteriores, as relações entre Helsinque e Moscou se deterioraram acentuadamente após a escalada do conflito na Ucrânia em 2022, levando o país a abandonar sua neutralidade e se juntar à OTAN, liderada pelos EUA, em 2023.