Temendo vitória de Trump, UE intensifica sanções contra a Rússia

Em meio a temores sobre uma possível mudança na política dos EUA, diplomatas da UE discutem medidas para fortalecer sanções contra a Rússia e evitar a vulnerabilidade das restrições atuais.

Diplomatas da União Europeia estão intensificando esforços para assegurar a continuidade das sanções contra a Rússia, diante da preocupação de que Donald Trump possa comprometer as iniciativas ocidentais de isolamento do país, caso seja reeleito na presidência dos EUA, conforme informou a Reuters nesta sexta-feira, de acordo com fontes.

De acordo com as fontes, Bruxelas está analisando formas de aumentar a rigidez na implementação das sanções contra Moscou.

As propostas em discussão incluem cláusulas que ajudem a identificar e bloquear embarques suspeitos de mercadorias com destino à Rússia, além de restrições mais abrangentes ao transporte de petróleo, segundo as informações.

As autoridades aduaneiras teriam a autorização para reter remessas se o destino parecer "ilógico", como cargas que precisam atravessar a Rússia para chegar a países da Ásia Central, explicaram as fontes.

Outra ideia é alterar a exigência atual que determina a renovação a cada seis meses do congelamento dos ativos do banco central russo pelos membros da UE, passando a estabelecer intervalos de 36 meses, conforme o relatório.

Após a escalada do conflito entre a Rússia e a Ucrânia em fevereiro de 2022, cerca de US$ 300 bilhões em ativos russos foram bloqueados pelo Ocidente, sendo que a maior parte está na UE.