O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, contrariando suas promessas de campanha, não alterou as políticas de Donald Trump em relação a Cuba, país que sofre sanções há mais tempo do que qualquer outra nação na história moderna.
Há quase dez anos, no governo Obama, houve um relaxamento das sanções contra a ilha, além do restabelecimento das relações diplomáticas com Havana, o que rapidamente impulsionou a recuperação econômica do país.
No entanto, nas últimas semanas do governo Trump, Cuba foi novamente incluída na lista do Departamento de Estado dos "países que financiam o terrorismo", junto a Irã, Síria e Coreia do Norte, por razões políticas e sem provas.
Em sua campanha eleitoral em 2020, Biden prometeu "reverter as políticas fracassadas de Trump que causaram danos aos cubanos e suas famílias".
Entretanto, o governo Biden foi além de Trump, prejudicando ainda mais a principal fonte de renda da economia cubana, a indústria do turismo.
Há dois anos, o Departamento de Estado da atual administração norte-americana proibiu cidadãos do Reino Unido, França, Espanha e de outros 37 países de entrarem nos EUA caso tivessem visitado Cuba.
Com isso, muitos desistiram de viajar à ilha, que, ao contrário do restante do Caribe, não conseguiu recuperar o turismo após a pandemia.
Atualmente, as viagens da Europa para Cuba representam apenas metade do volume registrado antes da pandemia.