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Sete membros da OTAN se opõem à adesão da Ucrânia, revela agência de notícias dos EUA
Outros países estão seguindo o exemplo dos Estados Unidos e da Alemanha, "atrasando" o pedido de adesão da Ucrânia.
Um grupo de países-membros da OTAN, liderado pelos EUA e pela Alemanha, está relutante em estender um convite à Ucrânia para se juntar ao bloco militar em breve, informou o Politico nesta quarta-feira, citando fontes.
Na semana passada, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, apresentou seu "plano de vitória", que incluía um pedido de adesão imediata à OTAN. No entanto, quatro funcionários de alto escalão não identificados dos EUA e da OTAN teriam afirmado ao Político que Berlim e Washington estão "atrasando" a resposta ao pedido, acrescentando que "os principais membros da aliança estão preocupados em se envolver em uma guerra com a Rússia".
Posições ambíguas
A embaixadora dos EUA na OTAN, Julianne Smith, disse ao Politico que o bloco "não chegou, até o momento, ao ponto de estar preparado para oferecer adesão ou um convite à Ucrânia".
O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, por sua vez, afirmou anteriormente que era seu dever evitar que o conflito na Ucrânia se transformasse em uma guerra em grande escala entre a Rússia e a OTAN, ressaltando que o país pós-soviético se tornaria parte do bloco apenas quando determinadas condições fossem atendidas.
Além da Alemanha e dos EUA, a Hungria e a Eslováquia, cujas autoridades foram descritas pelo Politico como tendo uma linha geralmente pró-Kremlin, estão entre os países que resistem à adesão da Ucrânia. Os dois países já se manifestaram contra a postura ocidental em relação ao conflito na Ucrânia.
O Politico lembrou que o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, chamou o plano de Zelensky de "alarmante", enquanto seu colega eslovaco, Robert Fico, alertou que a adesão da Ucrânia à OTAN poderia levar à Terceira Guerra Mundial.
Além disso, um funcionário de alto escalão da OTAN disse ao Politico que existem países que "se escondem atrás dos EUA e da Alemanha" quando se trata da adesão da Ucrânia, mas que, secretamente, também não são favoráveis à sua entrada na aliança.
Entre esses países, o jornal mencionou, citando um funcionário da OTAN, a Bélgica, a Eslovênia e a Espanha.
