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Palestina manifesta interesse de se juntar ao BRICS

Mahmoud Abbas, em discurso na cúpula do BRICS, pediu reconhecimento do Estado palestino e condenou as ações israelenses na Faixa de Gaza, destacando a necessidade de justiça e diálogo.
Palestina manifesta interesse de se juntar ao BRICSSputnik / Vladimir Astapkovich

"Esperamos que o Estado da Palestina também seja aceito no grupo", declarou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, durante uma reunião no formato BRICS Plus/Outreach da XVI Cúpula do BRICS em Kazan.

Ele saudou a entrada de novos membros ao grupo, afirmando que a expansão do BRICS demonstra "o peso político e a influência crescente no palco internacional".

"O desenvolvimento considerável do BRICS e o desejo de muitos países de se juntar a ele representam um empenho coletivo em formar uma nova ordem mundial, mais justa e equilibrada", afirmou Abbas.

O presidente palestino ressaltou que os princípios que fundamentam o BRICS são "importantes para a implementação de políticas relacionadas ao desenvolvimento, à justiça e ao diálogo".

Abbas enfatizou que esses princípios são relevantes para a Palestina, afirmando que o país "está pronto para seguir o espírito do BRICS e compartilhar seus valores para alcançar os objetivos estabelecidos e aprofundar os laços de parceria, visando um futuro melhor para todos".

"Maior catástrofe humanitária"

Abbas observou que o povo palestino "tem sofrido a maior catástrofe humanitária desde 1948", quando milhares de palestinos foram forçados por Israel a deixarem suas casas.

"Israel está travando uma guerra devastadora, praticando genocídio e limpeza étnica na Faixa de Gaza", afirmou o presidente da Autoridade Palestina, apelando para que os líderes mundiais condenassem as autoridades israelenses e apoiassem o fim da violência.

Entretanto, ele declarou que o BRICS "impulsiona a resolução de problemas, em particular o problema palestino", apontando para a incapacidade de certos mecanismos internacionais de resolver crises atuais e passadas.

Ao mesmo tempo, manifestou a disposição da Palestina para cooperar com a ONU e outros países interessados na realização de uma conferência internacional de paz sobre o conflito israelense-palestino.