Putin participa de reunião em formato Outreach/BRICS Plus da XVI Cúpula do BRICS
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participa nesta quinta-feira do encontro de líderes mundiais no formato Outreach/BRICS Plus, no último dia da XVI Cúpula do grupo, realizada na cidade russa de Kazan.
Durante a reunião, os líderes discutirão temas urgentes, como desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza, adaptação às mudanças climáticas e combate ao terrorismo, conforme destacou o presidente russo.
"Ordem mais justa"
"Todos os nossos Estados compartilham aspirações e valores semelhantes, além de uma visão de uma nova ordem mundial democrática, que reflete a diversidade de culturas e civilizações", declarou Putin na abertura do encontro.
Ao falar na abertura da reunião, o presidente russo abordou a formação de uma "ordem mundial mais justa" e multipolar, afirmando que o mundo "deve se basear nos princípios de respeito aos interesses e às escolhas dos países".
Ele ressaltou, no entanto, que a transição para um mundo mais justo "não é fácil", já que, segundo ele, "há forças acostumadas à lógica da dominação".
"Quero enfatizar que os Estados aqui representados possuem capacidades e recursos verdadeiramente enormes, além de grande influência no cenário mundial, e tudo isso é utilizado de forma ativa para contribuir com a segurança global", disse, acrescentando que a Rússia está comprometida em formar "um sistema de segurança igual e indivisível na Eurásia".
Oriente Médio
O líder russo também abordou a escalada de tensões no Oriente Médio, afirmando que a crise na região será um tema discutido seriamente durante a reunião BRICS Plus/Outreach.
"A Rússia sempre se concentrou em fazer uma contribuição significativa para a estabilização da situação no Oriente Médio", destacou o presidente.
"Corrigir as injustiças históricas contra o povo palestino pode garantir a paz no Oriente Médio", concluiu Putin.
"Mecanismos livres de ditame"
O presidente russo enfatizou a necessidade de a ONU "se adaptar" às realidades e desafios do século XXI, lembrando que os fundadores da organização a viam como "um centro de coordenação das ações das nações".
"É hora de considerar a criação de uma plataforma para liberar o potencial de nossas economias em crescimento", afirmou, sugerindo que os países deveriam criar mecanismos multilaterais "alternativos e livres de qualquer tipo de imposição".
- O formato ampliado da reunião inclui a participação de quase 40 países da Comunidade de Estados Independentes (CEI), Ásia, África, Oriente Médio e América Latina. Representantes de organizações internacionais também participarão do encontro.