A XVI Cúpula do BRICS, realizada na cidade russa de Kazan, está chegando ao fim. Nesta quinta-feira, último dia do evento de três dias, os líderes das delegações dos países participantes se reuniram para uma foto oficial no centro de convenções Kazan Expo, antes de seguirem para duas sessões plenárias no formato Outreach/BRICS+.
"Esse formato ampliado já conquistou uma boa reputação e oferece uma oportunidade de diálogo direto e aberto entre os membros da aliança e nossos amigos sinceros", disse o presidente russo, Vladimir Putin, em discurso na quarta-feira.
"Buscamos conectar os formatos de trabalho existentes de interação dentro da aliança com parceiros que compartilham dos mesmos valores, construindo com eles uma cooperação mutuamente benéfica e baseada na igualdade", destacou.
Além das sessões plenárias, estão previstas várias reuniões bilaterais. A agenda do presidente russo inclui encontros com o presidente boliviano, Luis Arce, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, o secretário-geral da ONU, António Guterres, o presidente do Laos, Thongloun Sisoulith, o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, e o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh.
Conforme Putin indicou em seu discurso de boas-vindas aos participantes da cúpula, os temas discutidos incluem "desenvolvimento sustentável, erradicação da pobreza, resolução pacífica de conflitos, combate ao terrorismo e ao crime transnacional, adaptação às mudanças climáticas, estabilidade das cadeias de suprimentos, além do intercâmbio de tecnologias e conhecimento em sentido amplo".
"Em outras palavras, questões que afetam diretamente a vida dos cidadãos de nossos países e, portanto, exigem ação coletiva", ressaltou, lembrando que a presidência russa do BRICS, neste ano, tem como tema “fortalecimento do multilateralismo para o desenvolvimento global equitativo e a segurança”.
Além dos temas de cooperação financeira e da agenda regional e global, a possível expansão do BRICS, com a criação de uma nova categoria de países parceiros, também está em discussão. Segundo o conselheiro presidencial russo, Yuri Ushakov, treze países já estão em processo de consultas para obter esse status.