Formato ampliado: líderes do BRICS debatem segurança e agenda econômica

Cúpula em Kazan destaca os avanços econômicos dos países do grupo e a urgência de iniciativas de paz em meio a crises internacionais.

Na cidade russa de Kazan, os líderes do BRICS realizaram nesta terça-feira uma reunião em formato ampliado para facilitar a troca de opiniões sobre diversos temas da agenda regional e global. A XVI cúpula do grupo marca a primeira participação dos novos membros.

Desenvolvimento econômico

Durante a reunião, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, destacou o avanço econômico do grupo, notando que o crescimento médio das economias dos países do BRICS em 2024 e 2025 está estimado em 3,8%, enquanto o crescimento do PIB mundial é projetado em 3,2%.

“No que diz respeito às economias do BRICS: em geral, elas demonstram resiliência suficiente graças às políticas macroeconômicas e monetárias responsáveis de nossos governos”, observou Putin.

O presidente russo também propôs a criação de uma nova plataforma de investimentos que deverá impulsionar as economias nacionais do Sul e do Leste global.

O presidente da China, Xi Jinping, destacou a importância de promover a agenda verde entre os países do BRICS, que, segundo ele, é a “marca registrada de nossos tempos”.

Ele também observou que o mundo está passando por uma nova fase de desenvolvimento econômico. “Uma nova rodada de transformação industrial está se desenrolando rapidamente”, afirmou o mandatário chinês.

Agenda de paz

Em relação à segurança, Xi Jinping sublinhou a necessidade de promover a agenda de paz do BRICS para fortalecer a segurança. Ele destacou a iniciativa de paz feita pela China, junto com o Brasil e outros países, para resolver o prolongado conflito ucraniano e promover a paz.

Além da crise na Ucrânia, o presidente chinês abordou a escalada do conflito no Oriente Médio, manifestando a necessidade urgente de acabar com as ações militares. “É importante atuar para pôr fim aos assassinatos na Palestina”, declarou Xi.

Ao mesmo tempo, o presidente do Irã, Massoud Pezeshkian, denunciou a violação dos direitos civis e condenou os EUA pela “propagação de conflitos e guerras” na região.