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Dilma ressalta papel dos mecanismos financeiros do BRICS

A presidente do NBD destacou o potencial de crescimento econômico dos países-membros e a importância de mecanismos de cooperação.
Dilma ressalta papel dos mecanismos financeiros do BRICSGettyimages.ru / VCG

Os países-membros do BRICS são economicamente poderosos e têm grande potencial de crescimento, afirmou Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) desde 2023, em entrevista à agência de notícias Xinhua nesta terça-feira.

"Medidos pelo PIB, os países do BRICS já ultrapassaram o G7 em importância", disse a ex-presidente do Brasil, confirmando as declarações do presidente russo, Vladimir Putin, feitas em 25 de setembro. Ela ressaltou que, em 2022, o grupo representou 31,4% do PIB global, enquanto o G7 ficou com 30,5%.

Mecanismos de crescimento

Dilma também destacou a importância de "mecanismos e instrumentos adequados", como o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) e o Arranjo Contingente de Reservas, para os países em desenvolvimento que compõem o BRICS.

O NBD, criado em 2014 durante a cúpula do BRICS em Fortaleza, tem como objetivo "garantir investimentos extremamente necessários" em diversas áreas de cooperação entre os países do grupo, segundo Dilma.

A presidente do banco ressaltou ainda o papel do NBD como "uma plataforma significativa para a cooperação internacional", que ajuda a amplificar as vozes dos países do BRICS e manifestar posições comuns de várias nações.

Novo Banco de Desenvolvimento

O acordo de criação do NBD foi assinado em julho de 2014, durante a VI Cúpula do BRICS em Fortaleza, no Brasil. A instituição começou a operar em 2015, com sede em Xangai, na China.

Recentemente, o banco passou por um processo de expansão, com a adesão de Bangladesh e dos Emirados Árabes Unidos em 2021, e do Egito em 2023. Além disso, o Uruguai é considerado um possível novo membro do NBD, segundo o site oficial da instituição.

De acordo com informações do NBD, o valor total de financiamentos aprovados já ultrapassou US$ 32 bilhões (R$ 182 bilhões), com 96 projetos aprovados até o momento.