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Putin e Dilma discutem fortalecimento do Banco do BRICS na cúpula em Kazan

Encontro abordou expansão do financiamento e estratégias para fortalecer a independência financeira dos países do BRICS.
Putin e Dilma discutem fortalecimento do Banco do BRICS na cúpula em KazanSputnik / Vladimir Smirnov

Nesta terça-feira, durante a 16ª Cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia, o presidente da Rússia Vladimir Putin se reuniu com Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como "Banco do BRICS".

Dilma já havia se reunido com Putin, em junho, na função de presidente do banco. Na ocasião, o líder russo fez elogios a gestão da brasileira, destacando que, sob seu comando, o banco registrou, "pela primeira vez, um lucro líquido significativo, tornando-se mais sustentável e operando de maneira tranquila e bem-sucedida".

Na abertura da reunião, Putin ressaltou que o Novo Banco de Desenvolvimento investiu US$ 33 bilhões desde 2018 em uma centena de projetos.

"O aumento das transações em moeda local permite reduzir os custos da dívida, aumentar a independência financeira dos países membros do BRICS, minimizar os riscos geopolíticos e, tanto quanto possível, desvincular o desenvolvimento econômico da política", afirmou o presidente russo.

Sul Global necessita mais financiamento 

Dilma, por sua vez, destacou que os países do Sul Global necessitam de mais financiamento, o que "é difícil de obter", e sugeriu que o BRICS pode incluir outras nações nesse esforço para expandir a cooperação.

"Embora tenhamos destinado uma grande quantidade de financiamento para diversos projetos, isso ainda não é suficiente em relação às necessidades do Sul Global. Por isso, é crucial fornecer financiamento em moedas locais e em formatos especializados, e o Novo Banco de Desenvolvimento está comprometido com isso", completou a presidente do banco.

Na semana passada, Putin ressaltou que é necessário aumentar o capital do banco, ressaltando que a instituição oferece uma alternativa aos modelos de desenvolvimento ocidentais.

"Precisamos discutir a criação de uma plataforma de seguros adequada e um conjunto comum de moedas de reserva. Tudo isso deve ser fortalecido gradualmente", concluiu.