O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, chegou à Rússia nesta segunda-feira, véspera da cúpula do BRICS, que será realizada pela primeira vez em formato ampliado na cidade de Kazan, entre os dias 22 e 24 de outubro.
Inicialmente prevista com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a delegação brasileira teve de ser reconfigurada após Lula sofrer um acidente doméstico no sábado (19). Sob recomendação médica, o presidente foi aconselhado a evitar viagens aéreas de longa duração, o que impossibilitou sua presença no evento.
Apesar da ausência do presidente, Vieira afirmou que a participação do Brasil na cúpula não perdeu importância. "A participação brasileira será como sempre foi", disse o chanceler, destacando que Lula o designou para representar a delegação brasileira.
Sobre as principais discussões da cúpula, Vieira mencionou que a expansão do BRICS é um "processo em formação" e que os chefes de Estado abordarão temas como novos parceiros, modalidades e prazos.
O ministro também confirmou que terá um encontro bilateral com o chanceler russo, Sergey Lavrov, com quem já manteve conversas telefônicas recentemente. Além disso, Vieira revelou ter dialogado com os ministros de Relações Exteriores da África do Sul, Índia e Egito nos últimos dias.
O chanceler brasileiro comentou ainda a possível adesão da Venezuela ao BRICS, afirmando que todos os países candidatos têm chances de ingressar no grupo, que tem se mostrado aberto à ampliação.