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Rússia quer Brasil e países africanos no Conselho de Segurança da ONU

O chanceler russo, Sergey Lavrov, afirma que a inclusão de países como Brasil, Índia e nações africanas garantiria a representação da maioria da população mundial.
Rússia quer Brasil e países africanos no Conselho de Segurança da ONU

O Conselho de Segurança da ONU já deveria ter sido ampliado "há muito tempo" para incluir a Índia, o Brasil e países africanos como membros permanentes, defendeu o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em uma entrevista concedida no domingo à imprensa russa.

"Países como a Índia, o Brasil e representantes da África deveriam estar no Conselho de Segurança em caráter permanente há muito tempo", afirmou Lavrov ao jornal russo.

Segundo o ministro, essa inclusão garantiria a representação da maioria da população mundial.

"Tarefa quase irrealizável"

Nesse contexto, o embaixador brasileiro na Rússia, Rodrigo de Lima Baena, informou que a candidatura do Brasil a uma vaga no Conselho de Segurança da ONU está em discussão nas Nações Unidas, com o apoio ativo da Rússia.

"Acreditamos que temos todos os motivos para nos tornarmos um membro permanente do Conselho de Segurança. Acreditamos que o Conselho deve ser mais representativo e inclusivo, para que o Sul Global esteja representado nele", disse Baena.

Contudo, Moscou ainda considera a entrada do Brasil como um desafio, classificando-a como uma "tarefa quase irrealizável" no momento.

Posição do Brasil 

Por sua vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a ONU em seu discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral.

"A exclusão da América Latina e da África de assentos permanentes no Conselho de Segurança é um eco inaceitável de práticas de dominação do passado colonial", declarou Lula, ressaltando a necessidade de reformas fundamentais para aumentar a representatividade na organização.