John Shipton, pai do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, agradeceu ao presidente russo, Vladimir Putin, por apoiar seu filho. Em suas palavras, Putin se tornou o primeiro presidente a se manifestar em defesa do jornalista.
"Em 2012, o presidente Putin se tornou o primeiro chefe de Estado a se manifestar em defesa dos interesses de Julian como editor e cidadão. Naquela época, havia uma chuva de mentiras caluniosas contra Julian. E Putin se manifestou em defesa de seus interesses como editor e cidadão. Portanto, expresso minha simpatia pelo seu presidente", disse Shipton à RIA Novosti.
Vale lembrar que, em 2012, quando perguntado em uma entrevista à RT sobre a batalha legal de Assange com o Reino Unido e outros países, Putin apontou que se tratava de um "momento irritante que, obviamente, existe nas relações" entre Moscou e Londres. Na época, ele chamou os processos legais contra o jornalista de "uma questão política".
Caso Assange
Assange foi acusado de receber e publicar centenas de milhares de registros de guerra e telegramas diplomáticos que incluíam detalhes da má conduta militar dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
O fundador do WikiLeaks foi preso em Belmarsh em 2019, após o então presidente do Equador, Lenín Moreno, ter permitido sua prisão na embaixada equatoriana em Londres, onde ele foi mantido em asilo por sete anos, desde junho de 2012.
No final de junho, ele foi oficialmente liberado após chegar a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. Em seu veredicto, a juíza Ramona V. Manglona condenou Assange ao mesmo número de anos que ele já havia passado na prisão, sem o período de liberdade condicional, e ele saiu do tribunal como um homem livre, após o que viajou para a Austrália para se juntar à sua família.