Netanyahu afirma que o Hezbollah tentou assassiná-lo

O primeiro-ministro israelense enviou uma forte advertência ao Irã e "seus representantes" após um ataque de drone contra sua casa.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o grupo armado Hezbollah, apoiado pelo Irã, de tentar matar ele e sua esposa após sua casa de férias ter sido alvo de um drone lançado do Líbano.

Na manhã de sábado, três drones carregados de explosivos foram vistos voando em direção à cidade costeira de Cesareia, no norte de Israel. Dois drones foram interceptados pela Força de Defesa de Israel (FDI), enquanto um terceiro explodiu perto da residência particular do primeiro-ministro. Netanyahu e sua esposa não estavam em casa durante o ataque, e houve vítimas no local.

Embora o Hezbollah não tenha reivindicado a responsabilidade pelo ataque em Cesareia, o grupo pró-palestino anunciou novos ataques no norte e no centro de Israel no sábado, de acordo com a Al Jazeera.

Em uma mensagem no X, Netanyahu emitiu uma advertência contundente ao Hezbollah e seus aliados em Teerã. "A tentativa do Hezbollah, representante do Irã, de assassinar a mim e a minha esposa hoje foi um grave erro", disse o primeiro-ministro, acrescentando que o ataque "não impedirá a mim ou ao Estado de Israel de continuar nossa guerra justa contra nossos inimigos para garantir nosso futuro".

"Eu digo ao Irã e aos seus representantes no eixo do mal: qualquer um que tentar prejudicar os cidadãos de Israel pagará um preço alto", continuou. O primeiro-ministro prometeu resgatar os reféns israelenses remanescentes mantidos pelo Hamas em Gaza e facilitar o retorno seguro dos residentes israelenses às áreas de fronteira com o Líbano, que têm sido frequentemente atacadas pelo Hezbollah.

"Israel está determinado a atingir todos os nossos objetivos de guerra e a mudar a realidade da segurança em nossa região para as próximas gerações", concluiu.

Conflito no Oriente Médio

Cerca de 70.000 israelenses foram forçados a fugir de suas casas devido aos ataques do Hezbollah desde outubro de 2023. As FDI intensificaram os ataques aéreos no Líbano no mês passado, matando vários agentes de alto escalão do Hezbollah, inclusive o líder de longa data do grupo, Hassan Nasrallah. No total, mais de 2.000 pessoas foram mortas durante os ataques israelenses no Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde do país.

Na sexta-feira, o Hezbollah anunciou que seu confronto militar com o Estado judeu estava entrando em "uma nova fase de escalada". O grupo prometeu continuar a disparar foguetes e drones através da fronteira em solidariedade aos palestinos em Gaza, onde Israel vem travando uma guerra contra o Hamas há mais de um ano.