A possibilidade de Cuba ingressar no BRICS como país parceiro será discutida durante a próxima cúpula da organização, a ser realizada na cidade russa de Kazan, de 22 a 24 de outubro, anunciou no sábado o diretor-geral de Assuntos Bilaterais do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Miguel Pereira.
De acordo com o funcionário de alto escalão, durante o evento será discutida "a incorporação de Cuba e de outros países na categoria de país parceiro". Pereira reiterou que esse é um "passo indispensável" para que se possa realizar a "adesão como membro pleno".
"O BRICS se reafirma como uma alternativa viável para os países do Sul em seu caminho para o desenvolvimento inclusivo e sustentável", concluiu Pereira em sua postagem nas redes sociais.
O pedido de Cuba
Pereira informou em 8 de outubro que Cuba solicitou oficialmente sua adesão ao BRICS como país parceiro. Como ele explicou, o pedido foi feito por meio de uma carta endereçada ao presidente russo Vladimir Putin, cujo país ocupa a presidência do grupo este ano. A associação BRICS, de acordo com o funcionário, "está se consolidando como um ator-chave na geopolítica global e uma esperança para os países do Sul".
A Rússia assumiu a presidência do BRICS em 1º de janeiro de 2024. Este ano, cinco países se juntaram à organização: Egito, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. O número de participantes, juntamente com Rússia, Brasil, Índia, China e África do Sul, chegou a dez.
Representantes do governo cubano já participaram de várias reuniões organizadas sob a bandeira do BRICS, como a intervenção do ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, na reunião ministerial em junho.