Estudante é assassinada no meio da aula pelo ex-namorado na Bolívia
Na última terça-feira, a estudante Kamila Pacassi, de 23 anos, que estava em um curso de formação de professores, foi assassinada na Escola Superior de Professores em Caranavi, na Bolívia. Segundo a mídia local, o ataque foi perpetrado por seu ex-namorado, Edwin Calle, de 24 anos, e ocorreu no meio da aula e foi testemunhado por seus colegas de classe, que registraram o incidente.
Apesar das tentativas de outros alunos de intervir e interromper o ataque, a situação se tornou incontrolável. O agressor foi preso em flagrante pelas autoridades e levado a um centro médico após sofrer uma lesão na perna, aparentemente sofrida durante o incidente.
Ambos eram estudantes da mesma instituição. De acordo com o agressor, o rompimento do relacionamento entre eles havia "destruído a sua vida". As autoridades iniciaram investigações por feminicídio nesse caso, o que gerou um pedido de ação na sociedade boliviana para lidar com a violência de gênero.
Luis Arce se pronuncia sobre o crime
O presidente Luis Arce fez uma declaração sobre o feminicídio de Kamila. "O assassinato brutal de Kamila, uma jovem estudante do município de Caranavi, é um evento trágico que nos choca e deixa uma ferida profunda em nossa sociedade. Devemos agir com firmeza e rapidez para abrir um precedente para esse tipo de crime atroz", declarou o presidente em suas redes sociais.
Ele também instruiu o Ministério do Governo a acompanhar o processo até que a sentença máxima contra o agressor seja obtida. "Instruímos o Ministério do Governo, por meio da Polícia Boliviana, a acompanhar o processo até obtermos a sentença máxima contra Edwin M.C.H., o autor desse feminicídio macabro", acrescentou.
O presidente também pediu à Assembleia que aprovasse o projeto de lei da tornozeleira eletrônica, bem como o fortalecimento dos mecanismos de prevenção para evitar que os acusados de violência se aproximem de suas vítimas. "É essencial que tomemos medidas decisivas para garantir a segurança e o bem-estar de todas as mulheres em nosso país, acima de qualquer interesse político", concluiu.