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Presidente do Cazaquistão explica o motivo da Rússia ser "invencível"

Tokayev insiste em "buscar opções para uma solução pacífica" para o conflito na Ucrânia e apoiar planos de paz "realistas" de todos os países, inclusive o proposto pela China e pelo Brasil.
Presidente do Cazaquistão explica o motivo da Rússia ser "invencível"Sputnik / Gavriil Grigorov

O presidente do Cazaquistão, Kasym-Yomart Tokayev, afirmou nesta quinta-feira que derrotar militarmente a Rússia é impossível por causa de seu potencial militar, do apoio da população russa ao presidente Vladimir Putin e da história do país como um todo.

"Como disse durante as negociações com o chanceler alemão Olaf Scholz, a Rússia é militarmente invencível. Isso é um fato confirmado pelo potencial militar da Rússia, pelo apoio da população às políticas de Putin e pela própria história", declarou Tokayev na sessão plenária do Fórum de Think Tanks em Astana.

Diante disso, Tokayev destacou que seu governo considera "necessário buscar opções para uma solução pacífica" para o conflito na Ucrânia e "apoiar planos realistas de todos os países, incluindo as iniciativas da China e do Brasil".

Segundo o presidente, "não há outra maneira" de resolver o conflito ucraniano: "A alternativa é uma guerra de extermínio mútuo. Talvez algumas potências mundiais estejam interessadas nisso, mas esse é o caminho para o abismo", alertou.

Tokayev ressaltou também que o desejo de alcançar a paz por meio de negociações construtivas "não é um sinal de fraqueza, mas uma demonstração de prudência estratégica".

  • Em setembro, durante a visita de Scholz a Astana, Tokayev afirmou que "é um fato que a Rússia é invencível militarmente" e alertou que uma nova escalada do conflito na Ucrânia poderia ter "consequências irreparáveis para toda a humanidade".
  • Ele reiterou a necessidade de avaliar todas as iniciativas de paz apresentadas por estados individuais, afirmando que as propostas da China e do Brasil "merecem apoio", mesmo enfrentando críticas do líder do regime ucraniano Vladimir Zelensky.