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Venezuela inicia diálogo nacional para propor um cronograma para as eleições presidenciais

Espera-se que, uma vez que o cronograma proposto seja determinado por consenso, seja apresentado ao Centro Nacional Eleitoral (CNE) para que, como árbitro eleitoral, possa definir a data das eleições presidenciais.
Venezuela inicia diálogo nacional para propor um cronograma para as eleições presidenciaisGettyimages.ru

Diferentes setores políticos e sociais da Venezuela iniciaram um dia de diálogo nacional nesta segunda-feira, com o objetivo de elaborar uma proposta conjunta sobre o calendário eleitoral para as eleições presidenciais em 2024.

O presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, comentou em seu discurso que a ideia é que todos os setores consigam montar essa proposta, incluindo garantias eleitorais, para ser apresentada ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o poder estatal que será responsável por tomar uma decisão final sobre esse evento.

"Sempre será melhor buscar uma figura de consenso e uma solução de consenso para as situações que apresentamos para os propósitos da vida política", disse Rodríguez, afirmando que, apesar da "manipulação" da mídia, as eleições serão realizadas em 2024.

Rodríguez acrescentou que o objetivo dessa reunião de diálogo nacional é que "os partidos políticos", bem como os pré-candidatos, "possam expor suas posições", expressar suas opiniões e "construir um calendário eleitoral que possa servir de sugestão" para o CNE.

Além disso, considerou que o ideal seria criar uma comissão de trabalho para, entre outras coisas, apresentar a proposta elaborada por consenso, que incluiria o reconhecimento da comunidade internacional ao Estado venezuelano, suas instituições e autoridades, bem como o respeito aos resultados eleitorais.

Durante a reunião, realizada no Palácio Legislativo Federal em Caracas, o empresário e líder da oposição Javier Bertucci considerou conveniente que a data das eleições fosse fixada entre domingo, 15 de setembro, e domingo, 6 de outubro, a fim de garantir a observação internacional do processo. Além disso, ele pediu uma campanha eleitoral "livre de táticas vantajosas, especialmente na área de comunicações".

Da mesma forma, o líder da oposição Antonio Ecarri, que rejeitou o mecanismo de sanções estrangeiras contra "os bolsos dos venezuelanos", pediu a presença da União Europeia (UE), entre outras "importantes organizações internacionais", como observadores das eleições, porque, em sua opinião, essas delegações dariam maior "confiança e estabilidade" ao processo eleitoral.

Esses dias de diálogo surgiram de uma proposta feita na semana passada pelo chefe da AN e ratificada no domingo pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Espera-se que, uma vez que o cronograma proposto seja determinado por consenso, seja apresentado ao Centro Nacional Eleitoral (CNE) para que, como árbitro eleitoral, possa definir a data das eleições presidenciais.