O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à rádio Auri Verde Brasil, na quarta-feira, que pretende se candidatar à presidência em 2026.
Bolsonaro deu a declaração criticando seu próprio partido e o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, por buscar alianças com o centro e não apoiar sua candidatura.
"O candidato para 2026 é Jair Messias Bolsonaro", declarou, acrescentando que as razões para sua inelegibilidade foram insuficientes e classificadas como "perseguição".
"Estou inelegível por quê? Que abuso de poder econômico é estar no carro de som do pastor Malafaia? Isso é perseguição", afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente prometeu deixar de "acreditar no Brasil" se a situação não for resolvida e ele permanecer inelegível.
"Se essa inelegibilidade continuar, eu jogo a toalha, não acredito mais no Brasil, o meu país, pelo qual dou minha vida", destacou, afirmando que tem "só um caminho" antes que "me matem ou façam algo pior".
De acordo com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro está inelegível por oito anos. A condenação foi baseada em abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação durante uma reunião com embaixadores estrangeiros.
"Número 1 da fila"
Anteriormente, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou ao jornal O Globo que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, era o "número 1 da fila" para ser apoiado pelo partido nas eleições presidenciais de 2026.
Mesmo que Bolsonaro seja, segundo Valdemar, o "melhor nome" para o partido, Tarcísio assumiria a candidatura devido à inelegibilidade do ex-presidente.
Essa postura, bem como os movimentos do presidente do PL de buscar diálogo com o centro político, geraram críticas de Bolsonaro.