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Tensão entre as Coreias: 1,4 milhão de jovens se alistam no Exército norte-coreano (FOTOS)

A mobilização ocorre após a Coreia do Sul ser acusada de enviar drones à Coreia do Norte, o que gerou ameaças de consequências severas por parte de Pyongyang.
Tensão entre as Coreias: 1,4 milhão de jovens se alistam no Exército norte-coreano (FOTOS)KCNA

Mais de 1,4 milhão de jovens em toda a Coreia do Norte "se voluntariaram para se juntar ou se reintegrar ao Exército Popular da Coreia nos dias 14 e 15 de outubro", em meio a uma nova escalada de tensões com a Coreia do Sul, informou a Agência Central de Notícias norte-coreana (KCNA) na quarta-feira.

Segundo a KCNA, a mobilização tem como objetivo "eliminar a escória da República da Coreia que cometeu uma grave provocação ao violar a soberania da República Popular Democrática da Coreia [Coreia do Norte] por meio da infiltração de drones".

Autoridades norte-coreanas afirmaram que, com esses ataques, a Coreia do Sul colocou os dois países "à beira da guerra".

"Se uma guerra for desencadeada, a República da Coreia será riscada do mapa. Como eles querem uma guerra, estamos dispostos a pôr um fim em sua existência", alertou a KCNA.

A agência ressaltou que os jovens norte-coreanos estão decididos a participar de uma "guerra sagrada para destruir o inimigo com as armas da revolução", destacando, segundo a agência, o entusiasmo e o fervor dos jovens em várias partes do país.

A KCNA também mencionou o crescente número de "vingadores furiosos da nova geração determinados a lançar o inimigo hediondo em um abismo de ruína final", número que continua a aumentar com o passar do tempo.

Escalada de tensões

Na semana passada, a Coreia do Norte acusou a Coreia do Sul de distribuir panfletos de propaganda em Pyongyang utilizando veículos aéreos não tripulados.

Em resposta, Kim Yo Jong, irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, ameaçou com "consequências terríveis" caso os drones voltassem a sobrevoar o espaço aéreo norte-coreano.

A Coreia do Sul nega ter enviado drones a Pyongyang.

Em 15 de outubro, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul informou que partes de estradas ao norte da Linha de Demarcação Militar foram destruídas com explosivos pela Coreia do Norte.