EUA ameaçam proibir envio de armas a Israel se crise humanitária em Gaza persistir

As autoridades americanas estabeleceram um prazo de um mês para que Israel tome medidas concretas para amenizar a crise humanitária na Faixa de Gaza, sob pena de consequências no fornecimento de armamentos.

Autoridades dos EUA informaram ao ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e ao ministro dos Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, que poderiam proibir o envio de armas a Israel caso o país não ponha fim à crise humanitária na Faixa de Gaza, conforme reportou na terça-feira o canal israelense N12.

De acordo com a mídia, as autoridades dos EUA expressaram preocupação com "a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza" e estabeleceram um prazo de um mês para que Israel altere essa tendência.

A mensagem norte-americana indicou que "o Departamento de Estado deve realizar uma análise de acordo com a lei de ajuda, conforme o compromisso assumido por Israel em março de 2024 de permitir, em vez de impedir, a transferência de ajuda humanitária dos EUA ou de ajuda apoiada pelo governo para a Faixa de Gaza".

Dessa forma, se Israel não "tomar medidas concretas", isso poderá ter consequências para a política dos EUA em relação ao fornecimento de armas ao país.

Fim do fornecimento

No início de outubro, a França também anunciou a possibilidade de encerrar a venda de armas a Israel. O presidente francês, Emmanuel Macron, declarou que é necessário encontrar uma solução política e interromper o fornecimento de armas "para lutar em Gaza".

O governo da Alemanha, segundo a mídia alemã, também pode suspender o envio de armas ao Estado judeu se não forem apresentadas garantias de proteção a civis na Faixa de Gaza.