A vantagem do BRICS é que o grupo oferece relações equitativas, sem uma dominação de qualquer membro, explicou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma conferência de imprensa na segunda-feira, segundo informou a RIA Novosti.
Peskov declarou que o BRICS é um grupo "muito mais democrático", que proporciona uma cooperação "completamente equitativa, baseada no respeito mútuo", ao responder por que o Ocidente teme o BRICS.
Ele destacou que o valor do BRICS tem crescido, já que cada vez mais países sentem a necessidade de "construir relações de uma nova maneira" e não mais aceitar relações em que um país comanda o outro.
"Não se trata apenas de medo, mas o BRICS é realmente muito atraente", esclareceu o porta-voz, comparando o grupo com entidades ocidentais, como o G7, que são muito mais fechadas e não aceitam até mesmo países que já possuem posições firmes no cenário internacional.
Evolução do BRICS
O BRICS foi criado por Brasil, Rússia, Índia e China em 2006, inicialmente chamado de BRIC (sigla derivada das iniciais dos nomes dos países-membros). A primeira cúpula do ocorreu na cidade russa de Yekaterinburg, em 2009.
A expansão do BRIC ocorreu de forma gradual, com a África do Sul sendo sendo o primeiro país a se juntar ao grupo em 2011. Em 2024, mais cinco países aderiram à organização: Egito, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.
Neste ano, a Rússia assumiu a presidência do grupo, e a próxima cúpula está programada para ocorrer entre os dias 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan.
De acordo com o assessor presidencial Yuri Ushakov, o encontro de cúpula contará com a presença dos líderes de pelo menos 24 países.