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Situação da Ucrânia no campo de batalha é crítica, diz ex-oficial da OTAN
A Ucrânia pode ter que abandonar Pokrovsk no Donbass, pois suas defesas estão se desmoronando sob os ataques russos, segundo ex-presidente do Comitê Militar da aliança.
Em breve, a Ucrânia talvez tenha que abandonar a cidade de Pokrovsk, na região do Donbass, à medida que suas defesas vão se desmoronando sob os ataques russos, acredita o general Harald Kujat, ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Alemanha e ex-presidente do Comitê Militar da OTAN.
Em uma entrevista ao jornalista e podcaster Flavio von Witzleben no domingo, Kujat, que liderou o Comitê Militar da OTAN entre 2002 e 2005, sugeriu que o plano da Ucrânia de desviar as unidades russas do Donbass por meio de uma incursão em Kursk não teve sucesso, pois a Rússia não precisou reduzir sua ofensiva na região.
"Inicialmente, a Ucrânia esperava que os russos retirassem as tropas de combate para a região de Kursk, mas isso acabou sendo prejudicial, porque os russos agora estão ocupando as tropas ucranianas que são urgentemente necessárias e estão em falta no Donbass", afirmou.
Como resultado, a Rússia está avançando lentamente no Donbass, de maneira consistente, buscando minimizar as perdas, segundo Kujat.
"Situação cada vez mais crítica"
A Rússia obteve avanços perto de Pokrovsk, que é descrita como "de importância crucial" devido à sua relevância logística, localizada a cerca de 50 km a noroeste de Donetsk.
"A Ucrânia ainda mantém sua posição, mas a queda da cidade é apenas uma questão de tempo. A situação das Forças Armadas ucranianas é crítica e se torna mais difícil a cada dia, apesar do imenso apoio material e financeiro do Ocidente", garantiu.
