Sócio de laboratório envolvido em transplante de órgãos com HIV é preso no Rio de Janeiro

Um dos pacientes contaminados morreu.

Um dos suspeitos de envolvimento na emissão de laudos fraudulentos que resultaram no transplante de seis órgãos contaminados com HIV foi preso na manhã desta segunda-feira, segundo noticiou o Globo.

Trata-se de Walter Vieira, indicado pela Polícia Civil do Rio de Janiero como sócio do laboratório de análises clínicas PCS LAB Dr. Saleme, sediado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

De acordo com jornal, quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela Delegacia do Consumidor (Decon), também chamada Verum, em Nova Iguaçu e na capital.

Os laudos foram supostamente falsificados por um grupo criminoso e usados pelas equipes médicas. Um dos pacientes contaminados morreu, e a investigação segue em andamento.

A Polícia Civil informou que o PCS LAB Dr. Saleme é suspeito de falsificar laudos em outras ocasiões além dos transplantes. O processo de identificação de toda a cadeia de profissionais envolvidos no esquema criminoso está em curso.

Além de ser responsável pelos exames de análises clínicas na Central Estadual de Transplantes, o laboratório atuava em ao menos outras 12 unidades de saúde estaduais. 

Seis pessoas foram infectadas com o vírus HIV após receberem um transplante de órgão no Rio de Janeiro. Os órgãos infectados foram fornecidos pela Central Estadual de transplante do Rio de Janeiro, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

O problema foi detectado pela primeira vez em um paciente submetido a um transplante de coração. Durante tratamento pós-cirúrgico, médicos realizaram exames, incluindo um teste de HIV que deu positivo. Em seguida, dois outros pacientes que haviam recebido rins também testaram positivo.