Forças da ONU no Líbano denunciam novas violações de Israel
Na madrugada deste domingo, as forças israelenses, utilizando dois tanques Merkava, destruíram os portões de uma posição da ONU no Líbano e adentraram-na à força. Os homens ocuparam a posição por 45 minutos, e saíram depois de protestos através de um mecanismo telefônico.
Pouco mais de duas horas depois, no entanto, as forças israElenses voltaram ao local, e efetuaram disparos. A fumaça tóxica fez com que quinze integrantes do pessoal da ONU sofressem efeitos adversos, que incluem irritações na pele e reações gastrointestinais. Eles estão recebendo tratamentos médicos.
As informações foram divulgadas pelo perfil oficial da Força Interina das Nações Unidas no Líbano na rede social X. Através dele, acrescenta-se ainda que no sábado, as forças de Israel interromperam "um movimento logístico crítico da UNIFIL perto de Meiss ej Jebel, negando-lhe a passagem".
"Invadir e entrar em uma posição da ONU é outra violação flagrante do direito internacional e da resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança. Qualquer ataque deliberado às forças de paz é uma grave violação do direito humanitário internacional e da resolução 1701", enfatiza a instituição no comunicado. "Solicitamos uma explicação da IDF sobre essas violações chocantes", conclui-se.
"Estamos mais determinados do que nunca"
Horas antes da divulgação do comunicado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez um "apelo direto" ao secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo-lhe que evacue "imediatamente" o pessoal da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) da zona de combate no sul do país árabe.
"Estamos mais determinados do que nunca a garantir nosso futuro, estamos mais determinados do que nunca a derrotar nossos inimigos", afirmou Netanyahu. Segundo o líder israelense, a recusa da ONU em cumprir com seu pedido transforma seus homens em "escudos humanos no Hezbollah", colocando em risco não apenas as suas vidas, mas as dos israelenses.