A boxeadora argelina Imane Khelif, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, não foi suspensa do boxe nem teve sua medalha retirada, informou a Organização Mundial de Boxe (WBO) na quinta-feira, desmentindo rumores da mídia.
A organização negou ter submetido atletas a exames médicos, em resposta a uma publicação, citada pela Reuters, afirmando que Khelif havia sido destituída de sua medalha de ouro e suspensa para sempre após a suposta confirmação de sua identidade de gênero masculina.
"O relato de que a WBO suspendeu Khelif é obviamente falso. Não entramos em contato com Khelif. Nós a parabenizamos e desejamos a ela o melhor em seus futuros empreendimentos", disse Gustavo Olivieri, consultor jurídico da WBO, acrescentando que Khelif trabalhou duro para ganhar essa medalha. "Qualquer informação em contrário é claramente falsa e maliciosa", disse ele.
Um porta-voz da WBO responsável por sancionar as lutas de boxe profissional disse à Reuters que não tem a jurisdição adequada para impor suspensões, multas ou proibições a boxeadores não profissionais. "A WBO não tem jurisdição pessoal ou sobre o assunto de boxeadores amadores como Khelif, pois não regulamentamos ou governamos o boxe amador", disse ele.
Khelif derrotou Yang Liu, da China, no início de agosto para ganhar o ouro no peso meio-médio feminino. No entanto, sua participação nas Olimpíadas gerou polêmica mundial, visto que no ano passado, a atleta foi banida do Campeonato Mundial da Associação Internacional de Boxe (IBA) por não ter passado no teste de elegibilidade de gênero.