No dia 21 de outubro, Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, e David Lammy, ministro das Relações Exteriores do país, vão se reunir com representantes dos 15 países caribenhos que integram a Comunidade do Caribe (CARICOM) em Samoa, uma pequena nação no Pacífico, por ocasião da Cúpula entre Chefes de Governo da Commonwealth.
Conforme anteriormente combinado entre os membros da CARICOM, a pauta da "justiça reparatória", que inclui a indenização financeira pelo comércio de escravos, deve ser amplamente discutida durante as reuniões:
''Quando nos reunirmos em Samoa, os líderes do Caribe falarão com muita firmeza à Commonwealth como uma só voz. E há um país em particular com um novo rei e um governo trabalhista com um mandato excepcional", afirmou Keith Rowley, primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, citado pelo jornal DailyMail.
De acordo com o veículo, a pauta conquistou um crescente entusiasmo entre setores mais à esquerda ao redor do globo, e conta com o apoio do secretário-geral da ONU, António Guterres.
Quanto aos valores, um especialista da Universidade de Cambridge mencionado pelo portal afirma que "a opção barata" é 205 bilhões de libras esterlinas (R$1,5 trilhões): o equivalente a todo o orçamento anual do sistema público de saúde britânico. As reparações podem, no entanto, atingir impressionantes £19 trilhões (R$139,27 trilhões), representando "todo o PIB do Reino Unido por oito anos".
"Esse número não foi inventado por um marxista maluco, mas sim a conclusão de um relatório de 86 páginas do Brattle Group, uma consultoria sediada nos EUA", explica o jornal.