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"Não me é palatável seguir financiando a Ucrânia", diz presidente da Câmara dos EUA

Mike Johnson acredita que Donald Trump encerrará o conflito se vencer as eleições de novembro.
"Não me é palatável seguir financiando a Ucrânia", diz presidente da Câmara dos EUAAP / Richard Drew

O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Mike Johnson, está cada vez menos ansioso para que seu país continue apoiando financeiramente a Ucrânia, disse o republicano em uma entrevista, pedindo o fim do conflito.

"Não me é palatável seguir financiando a Ucrânia, e espero que não seja necessário", disse ele em uma entrevista publicada no sábado pelo Punchbowl News.

Johnson expressou confiança de que o candidato republicano Donald Trump pode acabar com o conflito ucraniano se vencer a eleição de 5 de novembro. "Eu realmente acredito nisso", reforçou.

O político disse que duvidar, no entanto, que os combates chegarão a um fim caso a atual vice-presidente Kamala Harris vença, descrevendo isso como "um cenário desesperador e perigoso".

"Acho que todo mundo está cansado disso e quer que seja resolvido", disse ele.

Desde fevereiro de 2022, o Congresso dos EUA aprovou mais de US$ 174 bilhões para apoiar a Ucrânia em seu conflito militar em andamento com a Rússia. A última parcela que exigia aprovação do Congresso, no valor de US$ 61 bilhões, foi bloqueada por vários meses, no contexto de um impasse entre os congressistas republicanos e a Casa Branca.

Quando o pacote obteve os votos necessários em abril deste ano, alguns legisladores republicanos lançaram duras críticas a Johnson, acusando o congressista de fazer concessões aos democratas.

No mês passado, o presidente da Câmara foi responsável por exigir a demissão da embaixadora da Ucrânia em Washington, acusando o país eslavo de "interferência eleitoral clara". O caso se refere à visita de Zelensky a uma fábrica de armas e munições no estado da Pensilvânia, qualificada por Johnson como um "evento de campanha partidária para ajudar os Democratas".

Segundo Johnson, à época, o líder do regime de Kiev teve uma visita guiada pelo "principal representante político de Kamala Harris", e nenhum político do partido Republicano foi convidado a participar.