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Blinken cita questões humanitárias em Gaza e diz que EUA podem restringir ajuda militar a Israel

“Aplicaremos a lei", disse o secretário de Estado ao comentar sobre a importância de se ater às normas internacionais.
Blinken cita questões humanitárias em Gaza e diz que EUA podem restringir ajuda militar a IsraelGettyimages.ru / Tang Chhin Sothy / Pool Photo

Os Estados Unidos podem restringir a ajuda militar a Israel em detrimento de questões humanitárias na Faixa de Gaza, disse o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, nesta sexta-feira, durante uma coletiva de imprensa após participar da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Laos.

"Estamos trabalhando arduamente, por meio de dissuasão e diplomacia, para evitar que isso aconteça", disse Blinken, em menção às preocupações de que o conflito no enclave palestino possa se transformar em uma guerra regional em grande escala. "Portanto, nos comprometemos muito diretamente com Israel sobre a necessidade imperativa de atender às necessidades humanitárias da população de Gaza", acrescentou.

"Nós aplicaremos a lei. Tenho a obrigação constante de garantir que a assistência [militar] que prestamos seja feita de acordo com a lei, seja ela a Lei Leahy, a lei humanitária internacional ou outras regras pelas quais somos responsáveis", enfatizou. Além disso, Blinken enfatizou a necessidade de uma "solução diplomática no Líbano", onde Tel Aviv está conduzindo uma operação terrestre e intensificou seus ataques aéreos.

Um relatório do projeto Costs of War (Custos da Guerra) da Brown University revelou na segunda-feira que os EUA gastaram um valor recorde de pelo menos US$ 17,9 bilhões em ajuda militar a Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza. Enquanto isso, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse na quarta-feira que Tel Aviv deve tomar medidas urgentes para lidar com as condições miseráveis enfrentadas pelos palestinosa.

  • A chamada Lei Leahy refere-se a duas disposições que proíbem o governo dos EUA de usar fundos para ajudar unidades de forças de segurança estrangeiras quando houver informações confiáveis que impliquem essa unidade no cometimento de graves violações dos direitos humanos.