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Biden adverte que pode tomar "medidas adicionais" contra a elite militar iraniana

"O presidente está determinado a responder com firmeza aos ataques contra nosso povo", disse Jake Sullivan.
Biden adverte que pode tomar "medidas adicionais" contra a elite militar iranianaAP / Andrew Harnik

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que, para garantir a segurança de seu país, ele poderia tomar medidas adicionais, inclusive contra o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC, na silga em inglês) do Irã, um ramo de elite das Forças Armadas iranianas, se necessário.

"Se necessário, direcionarei medidas adicionais, inclusive contra o IRGC e o pessoal e instalações afiliados ao IRGC, conforme apropriado, para lidar com a série de ataques contra as forças e instalações dos EUA", disse Biden na esteira de uma série de ataques mútuos entre as forças dos EUA e milícias pró-iranianas na Síria e no Iraque.

O assessor de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse em uma entrevista à NBC News no domingo que Washington não está descartando a possibilidade de uma ação militar contra o território iraniano.

"O presidente [Biden] está determinado a responder com força aos ataques contra nosso povo. O presidente também não está buscando uma guerra mais ampla no Oriente Médio", disse Sullivan.

  • Enquanto isso, uma autoridade sênior dos EUA disse à CNN que Washington não atacará alvos em solo iraniano, concentrando-se apenas em alvos fora da nação persa. Enquanto isso, o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que o governo "não quer uma guerra mais ampla na região", inclusive com o Irã, a quem culpa pela agressão.

  • Em 2 de fevereiro, as forças dos EUA atacaram instalações da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e milícias afiliadas na Síria e no Iraque.
    Os bombardeios ocorreram depois que o presidente Joe Biden culpou "grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque" pelo ataque de drones à base dos EUA na Torre 22, na Jordânia, que deixou três soldados mortos e mais de 40 feridos.

  • No sábado, os EUA e o Reino Unido, com o apoio de seus aliados, lançaram uma "rodada adicional" de ataques contra 36 alvos rebeldes houthis em 13 locais no Iêmen. Os EUA afirmam que os houthis são apoiados pelo Irã, enquanto o país persa rejeita as acusações.