Advogados de P. Diddy acusam governo dos EUA de vazar vídeos de agressão para prejudicá-lo

Sua defesa alega que o governo vazou imagens para prejudicar seu julgamento, aumentando a hostilidade da opinião pública contra o rapper, enquanto ele se prepara para enfrentar acusações de extorsão e tráfico sexual.

Os advogados de Sean Combs, mais conhecido como P. Diddy, apresentaram na quarta-feira uma moção acusando o governo dos Estados Unidos de vazar vídeos de um sistema interno de um hotel, publicados exclusivamente pela CNN.

Os vídeos mostram P. Diddy agredindo fisicamente sua ex-namorada Cassie em um hotel em 2016, de acordo com documentos judiciais obtidos pelo Daily Mail.

A defesa de P. Diddy, que se encontra atualmente preso, alega que agentes do Departamento de Segurança Interna (DHS) fizeram declarações "falsas e prejudiciais" à imprensa nos últimos sete meses, prejudicando o "direito de Combs a um julgamento justo", conforme consta na moção.

"Funcionários do governo vazaram repetidamente informações e materiais do grande júri para a imprensa, a fim de aumentar a hostilidade pública contra o Sr. Combs antes do julgamento", relatam os advogados, mencionando a divulgação do vídeo do Intercontinental Hotel, em Los Angeles, pela CNN, como um "exemplo flagrante".

Embora as provas das alegações dos advogados do rapper de 54 anos ainda não tenham sido apresentadas, a defesa planeja solicitar uma audiência para investigar como o canal de notícias obteve o vídeo. A CNN, por sua vez, se recusou a comentar o caso.

Primeira aparição no tribunal

P. Diddy, acusado de extorsão e tráfico sexual, comparecerá pela primeira vez ao tribunal perante o juiz Arun Subramanian, que presidirá o julgamento do magnata da indústria musical, conforme informado pela AP nesta quinta-feira.

Combs será transferido da cadeia do Brooklyn para Manhattan na tarde de quinta-feira para participar da audiência, que deverá estabelecer prazos e limites para que as partes reúnam as provas necessárias ao julgamento.