O entusiasmo em torno de Gabriel Galípolo, economista escolhido pelo presidente Lula para suceder Campos Neto no comando do Banco Central (BC) a partir de 2025, foi maior dentre os congressistas de oposição do que entre os governistas, relatou a imprensa brasileira durante a cobertura de sua sabatina, realizada na terça-feira.
Sergio Moro (União-PR), Damares Alves (Republicanos-DF) e outros políticos tradicionalmente associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro expressaram sua admiração ao atual diretor do BC:
"Eu fico aqui olhando a sua simpatia e lamentando que o senhor vai ser presidente do Banco Central em um governo de esquerda. Que Deus lhe dê muita sabedoria e discernimento neste momento. (...) Foi uma alegria te conhecer pessoalmente", disse Damares Alves, citada pelo portal Poder360.
Já o senador Sergio Moro fez questão de observar que suas críticas são dirigidas ao governo petista, e não a Galípolo. "Nós conversamos ontem e vossa senhoria mencionou a sua intenção de ser independente, o que significa dizer não ao presidente Lula", acrescentou. "Rogo a vossa senhoria que mantenha a mesma linha de independência que precisará ser firme para conduzir a política monetária do Brasil sem ceder ao canto da seria do crescimento rápido, descontrolado, com a volta da inflação".
Marcos Rogério (PL-RO), líder da oposição no Senado, afirmou ter tido uma reunião com o economista em seu gabinete. "Acho suas posições firmes, pelo menos do que a gente conversa até aqui", disse.
- Na terça-feira, o Senado Federal aprovou a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor do Banco Central, para a presidência da organização monetária. Ele deve assumir a posição em 1º de janeiro de 2025, em um mandato que se estende até 2028.