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Zelensky cancela a "cúpula de paz" de novembro

Segundo ex-vice-adjunto do Pentágono, a reunião foi cancelada por Zelensky perceber que quase ninguém participaria.
Zelensky cancela a "cúpula de paz" de novembroGettyimages.ru / Leon Neal

A Ucrânia não planeja mais realizar uma segunda conferência de paz para discutir o fim do conflito armado com a Rússia, informou na terça-feira Darya Zarivnaya, uma assessora de alto escalão do Gabinete do regime de Kiev, à mídia local. A reunião estava agendada para novembro.

Segundo Zarivna, os preparativos para a reunião continuam, com "conferências temáticas" sobre cada ponto, com o objetivo de manter tudo pronto para uma possível conferência. A assessora explicou que esses trabalhos resultarão em relatórios que se tornariam a base para o "plano de paz" da segunda conferência sobre a Ucrânia.

Enquanto isso, o ex-vice-adjunto do Pentágono, Stephen Brien, comentou em um artigo intitulado Weapons and Strategy que o presidente ucraniano cancelou a cúpula ao perceber que "quase ninguém compareceria". Ele acrescentou que, com essa decisão, Zelensky deixou claro que não negociará com Moscou "em nenhuma circunstância".

Tentativa fracassada

Em junho, o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, realizou a primeira "cúpula de paz" na Suíça, buscando apoio para sua "fórmula de paz" – uma lista de demandas  com dez pontos que Moscou rejeitou, considerando-a irrealista.

O evento foi considerado um fracasso, já que vários países se recusaram a participar, expressando dúvidas sobre a eficácia da cúpula sem a presença da Rússia, que não foi convidada.

"Plano de vitória" de Zelensky

Em sua visita aos Estados Unidos no mês passado, Zelensky teria apresentado um "plano de vitória" às autoridades norte-americanas. Embora os detalhes exatos não tenham sido divulgados, os cinco pontos que vazaram para a mídia indicavam que o Ocidente aumentaria a ajuda financeira e econômica a Kiev, aceitaria a Ucrânia na OTAN e na União Europeia, e permitiria ataques com mísseis de longo alcance em território russo.

A Rússia, por sua vez, descreveu o último ponto como uma participação direta dos EUA e de seus aliados no conflito, o que exigiria uma resposta firme.