Companhia aérea da UE pede que concorrentes chinesas paguem multa por sobrevoar a Rússia

A CEO da KLM Royal Dutch Airlines reclama da concorrência "injusta" causada pelas próprias sanções da UE contra Moscou.

A liderança da União Europeia deveria estabelecer medidas financeiras para restringir a concorrência das companhias aéreas chinesas que podem cruzar o espaço aéreo russo, afirmou a CEO da KLM Royal Dutch Airlines, Marjan Rintel, em uma entrevista concedida à emissora holandesa WNL no domingo.

Segundo Rintel, essa medida tem como objetivo apoiar as companhias aéreas europeias, já que desde 2022, o espaço aéreo russo está fechado para aeronaves da Europa, o que resulta em maior consumo de combustível, aumento de tempo de voo e aumento de custos.

"O espaço aéreo da Rússia está fechado para as companhias aéreas europeias, enquanto as companhias aéreas chinesas o sobrevoam, o que pode economizar de duas a quatro horas. Isso se reflete nos preços e, consequentemente, nossos custos são mais altos", afirmou.

Nessa situação, em sua opinião, as companhias aéreas chinesas obtiveram uma vantagem "injusta", pois podem usar rotas mais curtas do norte a caminho da Europa e da América do Norte, sobrevoando o território russo.

"A Europa pode pelo menos pensar em como acabar com a concorrência desleal, fixando os preços ou analisando a situação de forma diferente", concluiu Rintel.