O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, prometeu no domingo que não permitirá que a Ucrânia se torne membro da OTAN enquanto estiver à frente do governo de seu país.
Falando em uma emissora de televisão local, Fico afirmou que, embora apoie a adesão da Ucrânia à União Europeia, é um "grande oponente" de sua entrada na aliança militar, ressaltando que a inclusão de novos membros deve ser ratificada por todos os países da OTAN.
"Enquanto eu for primeiro-ministro da República Eslovaca, farei com que os deputados, sobre os quais, como líder do partido, tenho controle político, nunca aceitem a adesão da Ucrânia à OTAN", declarou, observando que a entrada do país na Aliança poderia desencadear a Terceira Guerra Mundial.
O primeiro-ministro também acusou a União Europeia de não ter vontade de encerrar o conflito na Ucrânia. "Chega de nos matarmos só porque o Ocidente quer", criticou, referindo-se à ajuda militar fornecida a Kiev por diversos países ocidentais.
Divisão no bloco
Enquanto isso, o novo secretário-geral da Aliança, Mark Rutte, declarou que, neste momento, a Ucrânia está "mais próxima do que nunca" da OTAN. O líder do bloco destacou que aumentar o apoio à Ucrânia será uma das prioridades da organização.
"Precisamos implementar o pacote de ajuda acordado na Cúpula de Washington", ressaltou o novo dirigente da Aliança.