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Macron pede o fim da venda de armas para Israel e recebe uma resposta dura de Netanyahu

O presidente francês acredita que isso ajudará a chegar a um acordo de cessar-fogo, enquanto o primeiro-ministro israelense considerou seus comentários uma "desgraça".
Macron pede o fim da venda de armas para Israel e recebe uma resposta dura de NetanyahuLegion-media.ru / Stephane Lemouton / Bestimage

O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que é necessário parar de fornecer armas a Israel para combater em Gaza.

"Acho que hoje a prioridade é que voltemos a uma solução política, que paremos de fornecer armas para lutar em Gaza", declarou Macron. "A França não está fornecendo nenhuma", acrescentou o chefe de Estado.

Macron reiterou sua preocupação com o conflito em Gaza, que continua apesar dos repetidos pedidos de cessar-fogo. "Acho que não estamos sendo ouvidos. Acho que isso é um erro, também para a segurança de Israel", afirmou o mandatário, acrescentando que o conflito estava levando ao "ódio".

"Que desgraça!"

Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou a declaração do líder francês. "Hoje, Israel está se defendendo em sete frentes contra os inimigos da civilização", declarou Netanyahu, apontando para Gaza, Líbano, Cisjordânia, Iêmen, Síria, Iraque e Irã.

"O Irã está impondo um embargo de armas ao Hezbollah, aos Houthis, ao Hamas e a seus outros representantes? Claro que não", respondeu o chefe do governo israelense.

"Mas os países que supostamente se opõem a esse eixo de terror estão pedindo um embargo de armas a Israel - que desgraça", declarou. O primeiro-ministro acrescentou que Israel venceria mesmo sem o apoio deles, "mas a vergonha deles continuará por muito tempo depois que a guerra for vencida".

As observações do líder israelense ocorrem em meio a uma escalada crescente no Oriente Médio. Durante esta semana, o país judeu atacou regularmente Beirute e outras cidades libanesas. Enquanto isso, o Canal 14 de Israel informou, citando autoridades jordanianas, que Tel Aviv poderia atacar o Irã "nas próximas horas".