O general Michael Erik Kurilla, comandante do Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM), chegará a Israel nas próximas 24 horas, informou a mídia israelense neste sábado. Espera-se que sua visita esteja relacionada à coordenação da resposta ao ataque com mísseis iranianos.
De acordo com o canal israelense Channel 12, Israel, em coordenação com os EUA, está preparando uma resposta "significativa" ao ataque massivo de mísseis do Irã na terça-feira e espera-se que seja realizada "em questão de dias". Os EUA apoiarão Israel em sua resposta, além de ajudar na defesa contra novos ataques iranianos.
Anteriormente, foi relatado que os alvos poderiam incluir instalações de produção de petróleo e outros locais estratégicos no país persa. Além disso, poderia haver assassinatos direcionados e a desativação dos sistemas de defesa aérea iranianos. Embora o escopo da retaliação ainda não esteja claro, há relatos de que ela poderia ter como alvo, entre outros lugares, instalações nucleares iranianas.
Israel não oferece garantias
Ao mesmo tempo, um funcionário sênior do Departamento de Estado dos EUA revelou à CNN que Israel não havia dado garantias ao governo Biden de que não atacaria as instalações nucleares iranianas em resposta ao seu ataque. "Esperamos ver algum bom senso e coragem, mas, como você sabe, não há garantias", disse o funcionário.
Embora o governo dos EUA já tenha rejeitado a ideia em consultas com o governo israelense, o presidente dos EUA, Joe Biden, expressou preocupação em uma coletiva de imprensa na sexta-feira de que Israel poderia fazer isso de qualquer maneira. Ele também criticou a maneira como Israel conduz suas operações em Gaza e no Líbano, dizendo que "precisa ser mais cuidadoso com as vítimas civis".
Na noite de terça-feira, o Irã lançou um ataque maciço com quase 200 mísseis balísticos contra alvos em Israel. De acordo com o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (CGRI) do Irã, a maioria dos mísseis lançados atingiu com sucesso os alvos pretendidos. O governo israelense prometeu responder ao ataque iraniano. Nesse sentido, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o Irã cometeu "um grande erro" e "pagará por ele".