Cerca de 3.100 edifícios foram danificados ou destruídos pelos ataques de Israel no Líbano entre 20 de setembro e 2 de outubro, segundo dados de satélite divulgados pelo Financial Times. A mídia também informou que os bombardeios resultaram em mais de 1.300 mortos.
Imagens de satélite revelam os danos aos edifícios e sugerem que, durante a ofensiva, Israel concentrou seus ataques em três regiões específicas do Líbano. A destruição foi mais intensa nas áreas próximas à fronteira sul do país, no Vale do Bekaa, no leste, e nos subúrbios ao sul de Beirute, a capital libanesa.
Em menos de duas semanas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) bombardearam pelo menos 4.600 alvos no território libanês, em alguns dias superando a marca de mil alvos, segundo comunicados oficiais dos militares israelenses.
"É uma intensidade de ataque e quantidade de munições usadas comparável apenas à de Gaza", afirmou Emily Tripp, diretora da organização de monitoramento de conflitos Airwars.
Ampliação da área
Os dados indicam que, desde o início da nova ofensiva israelense contra o Líbano, os alvos dos ataques têm ultrapassado a área de fronteira, onde anteriormente Israel concentrava suas ações contra o Hezbollah. Essa ofensiva do ano passado já havia causado grandes danos.
O subúrbio de Dahiyeh, ao sul de Beirute, também foi um dos principais focos dos ataques israelenses, local onde, em 27 de setembro, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, foi morto. Na capital, cerca de 380 edifícios foram danificados ou destruídos desde 20 de setembro, de acordo com os dados de satélite.