O Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou a expansão dos programas sociais destinados aos setores vulneráveis da Argentina, considerando que as autoridades estão tomando medidas para protegê-los dos impactos do ajuste que está sendo realizado pelo governo do presidente Javier Milei.
"As autoridades ampliaram os programas de assistência social bem direcionados que beneficiam mulheres e crianças pobres", afirmou Julie Kozack, diretora de comunicações do FMI, em uma coletiva de imprensa em Washington na quinta-feira, informa o Ámbito.
Quando questionada sobre a situação da pobreza no país, que, de acordo com os números oficiais, atingiu o recorde de 52,9% da população, a porta-voz admitiu que a organização tem "reconhecido sistematicamente a situação social muito delicada", como "os dados mostram".
De acordo com ela, "abordar essas altas taxas de pobreza e garantir que o crescimento seja mais inclusivo continua sendo uma prioridade para as autoridades", ao mesmo tempo em que enfatiza que "medidas estão sendo tomadas para proteger os mais vulneráveis" por meio da expansão de "programas de assistência social bem direcionados que beneficiam mulheres e crianças pobres".
Bom progresso
Em sua opinião, "as medidas contínuas para reduzir a inflação e as reformas para estimular o emprego e o investimento" estão no caminho certo. Com relação a isso, considerou que as ações do governo de Milei "devem levar a uma melhoria ainda maior dos salários reais e da atividade econômica no futuro", ao mesmo tempo em que enfatizou que os funcionários do Fundo "continuam ativa e fortemente engajados nessa importante área".
Questionada pela imprensa sobre a implementação do programa de ajuste, Kozak declarou que, desde a última revisão (a oitava), as autoridades continuaram a implementá-lo com sucesso, o que "resultou em uma redução considerável da inflação e do déficit fiscal", bem como em "uma recuperação incipiente da atividade e dos salários reais", da qual já há "sinais". No entanto, considerou que "mesmo assim, ainda há vários desafios".
Também foi perguntado sobre o cumprimento da meta de reservas acordada com o governo, já que, de acordo com especialistas, ela não seria atingida na próxima revisão. Em resposta, Kozak comentou que "a equipe do Fundo está começando a avaliar o cumprimento das metas do final de setembro, tanto do lado fiscal quanto do lado das reservas", embora tenha argumentado que "seria prematuro" adiantar mais opiniões sobre o assunto.