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Governo brasileiro condena decisão de Israel de declarar Guterres "persona non grata"

Itamaraty considera que essa ação "prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio".
Governo brasileiro condena decisão de Israel de declarar Guterres "persona non grata"Legion-media.ru / Caio Acquesta

O governo brasileiro expressou sua preocupação e condenação à decisão do governo de Israel de declarar o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, como "persona non grata". Essa medida também proíbe Guterres de entrar no país.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, em nota divulgada na quinta-feira, essa ação "prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio". Além disso, o governo brasileiro enfatizou a importância de um processo que permita a concretização da solução de dois Estados, com um Estado da Palestina independente e viável convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança.

O ministro israelense de Negócios Estrangeiros, Israel Katz, justificou a medida afirmando que Guterres será lembrado "como uma mancha na história da ONU". No entanto, o governo brasileiro considera que essa ação "não contribui para a paz e o bem-estar das populações israelense e palestina, e afasta a região de uma solução pacífica".

"Persona non grata"

Israel Katz anunciou em sua conta no X que proibiu o secretário-geral da ONU, António Guterres, de entrar no país, declarando-o "persona non grata".

Katz explicou que a decisão foi tomada porque Guterres "não condenou inequivocamente" o ataque de mísseis iranianos contra o país judeu na terça-feira. "Qualquer um que não possa condenar inequivocamente o ataque hediondo do Irã contra Israel, como quase todos os países do mundo fizeram, não merece colocar os pés em solo israelense", disse o ministro.