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"Seria envolvimento": EUA descartam abater mísseis russos na Ucrânia

Pentágono afirma que interferir no combate alteraria o papel dos EUA no conflito, mas ressalta apoio contínuo a Kiev.
"Seria envolvimento": EUA descartam abater mísseis russos na UcrâniaGettyimages.ru / Kevin Dietsch

Os EUA não pretendem interceptar diretamente os mísseis russos em território ucraniano, pois isso significaria uma participação direta no conflito, segundo o Pentágono. A informação foi dada pela vice-secretária de imprensa do Departamento de Defesa dos EUA, Sabrina Singh, na quinta-feira.

Durante uma coletiva de imprensa, Singh foi questionada por repórteres se Washington estaria considerando ajudar Kiev a interceptar mísseis e drones russos, da mesma forma que apoia Israel na prevenção de ataques iranianos.

"Isso nos envolveria na guerra de uma maneira diferente. No momento, acreditamos que a Ucrânia tem conseguido se defender com sucesso", afirmou, acrescentando que os EUA continuarão garantindo que os ucranianos "tenham o apoio necessário para isso".

O Pentágono vê a Ucrânia e Israel como "campos de batalha muito diferentes", explicou a porta-voz. Embora o presidente Joe Biden tenha ordenado que Kiev receba "tudo o que for necessário" para se defender dos ataques russos, ele prometeu que os soldados norte-americanos "não colocarão as botas no solo ucraniano".

Envolvimento direto

Na quinta-feira, o novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou durante uma visita à Ucrânia que o país "está mais perto do que nunca da OTAN" e tem o direito de atacar o território russo.

Segundo o artigo quinto do Tratado da Aliança, "um ataque armado contra um ou mais membros na Europa ou América do Norte será considerado um ataque a todos", o que, caso a Ucrânia se torne membro da OTAN, poderia levar todos os países da aliança, incluindo os EUA, a se envolverem diretamente no conflito.